domingo, 24 de maio de 2009

As vantagens de aprender espanhol na Argentina


Na última reportagem da série intercâmbio, nossos repórteres viajaram até um destino que está fazendo o maior sucesso entre os estrangeiros: Córdoba, a segunda maior cidade Argentina.

Edmilson deixou a família em Brasília e foi aproveitar a intensa vida cultural na capital argentina. “É uma cidade que me encanta com suas histórias, com excelentes livrarias, grandes museus, e uma cidade muito charmosa”, comenta Edimilson Caminha, funcionário público. 

O funcionário público de 56 anos decidiu que há sempre um momento para estudar e retomar o sonho antigo. Pediu licença no trabalho para aprender espanhol e abandonar de vez o "portunhol", o jeito que o brasileiro se virar no país vizinho, mas sem fluência alguma. 

A escola dele tem muitos alunos que vem da Europa para mergulhar no estilo de vida argentino. Mariangeles explica que aqui as regras e as maneiras de falar o idioma são bem diferentes da Espanha. O vocabulário tem palavras do lunfardo, a gíria portenha usada no tango. 

Muitos brasileiros preferem estudar espanhol no interior da Argentina. Além de ser mais barato é uma oportunidade para conhecer a vida no país fora da capital Buenos Aires. 

Priscila, Juliana, Paula e Denis escolheram Córdoba, a 700 quilômetros de Buenos Aires. É a segunda maior cidade do país, com um milhão e meio e habitantes, mas todos ficaram impressionados com a vida tranqüila, e ao mesmo tempo divertida, que encontraram. 

“Nós temos uma vida noturna agitada, uma rua repleta de bares, além dos monumentos e igrejas famosas”, diz Denis Alves, advogado. 

O curso intensivo de uma semana, que custa US$ 195 em Buenos Aires, sai por US$ 145 em Córdoba. O alojamento em casa de família com quarto individual e café da manhã também é US$ 40 mais barato em Córdoba. Passar um mês nesta imersão custa, incluindo alimentação, hospedagem e escola menos de dois mil dólares. 

De cada quatro alunos da escola, um é brasileiro. O principal objetivo é praticar a conversação, seja debatendo filmes ou comentando o costume da professora, que leva o mate, como é chamado o chimarrão argentino, para dentro da sala de aula. Para a turma de paulistas o sabor é amargo demais. 

Além das aulas convencionais, a escola oferece passeios e vários programas. Quem quiser pode até mudar de cidade sem deixar os estudos de lado. “Ele começa o curso em Córdoba e ele pode continuar o mesmo curso em Mendoza, em Bariloche, Buenso Aires ou até em Santigo, no Chile”, diz outro estudante. 

Em vez de ficar hospedada em hotel ou albergue, a pernambucana Priscila preferiu uma casa de família. Um pingüim de pelúcia e uma foto do namorado mantém a ligação com o Brasil. Mas já está bem entrosada com os irmãos Pedro e Rocio, donos da casa, e com as colegas da Alemanha e da Áustria. 

"Chegou sem saber nada de espanhol, podíamos entender algumas palavras. Mas hoje, conversar com ela é quase natural. Melhorou muito", elogia Pedro. 

Priscila, que ganhou a viagem como prêmio por ter passado no vestibular de medicina, fala que ainda não teve tempo de sentir saudades porque foi muito bem recebida pelos argentinos. 

“Sempre dispostos a ajudar, a falar, a conversar, a corrigir, o que para mim é fundamental e eles me receberam de braços abertos e eu agradeço muito por isso”, afirma Priscila Teixeira, universitária.

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