quinta-feira, 21 de maio de 2009

Estudar no Canadá é mais barato do que na Europa

Brasileiros enfrentam o frio, que chega a até 25 graus negativos, e podem escolher entre estudar inglês ou francês.

Na série sobre intercâmbio, vamos embarcar hoje pro Canadá. 
E mostrar por que as escolas de lá são mais baratas que as americanas e as europeias. 
Um país gigante, bonito, receptivo. Com índice baixíssimo de violência e com custo de vida que cabe no bolso da classe média. Com essas qualidades, o Canadá vem se tornando um dos destinos mais populares entre os estudantes do mundo inteiro. 
A procura pelo Canadá aumentou a partir de 2001, quando se tornou mais complicado conseguir visto para os Estados Unidos. O governo canadense 
facilita o processo e oferece vários programas especiais para estudantes estrangeiros. Além disso, o Canadá tem a vantagem de ser um país bilíngue, com cursos de inglês e de francês, e com preços bem mais baixos que as escolas americanas e europeias. 
Para opções de curso em francês, Quebec e Montreal são as cidades mais procuradas. Vancouver e Toronto são opções para cursos de inglês. 
Na escola de Toronto, a maior cidade do Canadá, 10% dos alunos vieram do Brasil. E os motivos para terem escolhido o Canadá são parecidos.
“Eu pesquisei diversos países, e Canadá tinha um custo-benefício bem melhor do que os outros. Do que Austrália EUA e principalmente Europa”, diz Caroline Gebrael, publicitária. 
“Aqui você tem acesso a várias culturas, tem gente do mundo todo”, diz Andréia Coelho, contadora.
Mas e o frio? Aqui no Canadá pode fazer 25 graus abaixo de zero, e as cidades podem ficar assim, cobertas de gelo, durante os meses do inverno. Isso atrapalha? 
“Eu venho de Salvador. Quando eu saí e vi que dava pra sobreviver”, diz Iana Rodrigues, estudante. 
O diretor explica que no curso é proibido falar outra língua além do inglês. E diz que os brasileiros são os que se adaptam mais rapidamente a tudo, são os mais sociáveis, e com boas notas. 
Quase todas as escolas oferecem monitores que falam a língua do estudante e ficam disponíveis para dar assistência a qualquer momento. Catherine, que já foi estudante, agora é monitora. 
“Eu tô aqui pra dar suporte aos estudantes. Em relação a ‘ah, não to feliz no home stay’, ‘eu quero mudar de home stay’, ‘eu quero mudar de classe’, ‘eu tô doente’, aí eu ligo, marco a consulta. A gente acaba virando um pouco psicóloga”, diz Catherine Silvera, monitora. 
A idade mínima é de 18 anos. Mas adolescentes entre 14 e 17 anos podem fazer cursos de verão. A maior parte dos alunos procura por cursos regulares, com duração que varia de duas a 52 semanas.
O custo semanal, com 38 horas/aula, é de 245 dólares canadenses. Tem ainda os pacotes mensais de curso com hospedagem em casa de família. Para quarto duplo e três refeições diárias, o preço é o equivalente a quase R$ 2.600 por mês. Para quarto individual e três refeições diárias, o preço mensal sobe para o equivalente a quase R$ 2.800. 
Natália está há cinco semanas na casa de Eillen e Ronald. O casal recebe estudantes estrangeiros há dez anos, desde que os filhos se casaram. 
Eillen conta que é bom ter adolescentes em casa outra vez, e acha que os brasileiros são os mais afetuosos. E pra Natália é interessante ter alguém para conversar em inglês e aprender um pouco da cultura do país. 
“No Brasil você entra com sapato em casa. Aqui, não. Todo mundo deixa o sapato na porta e entra assim, só com sandalinha ou então só de meia. No começo era muito estranho, eu esquecia, mas já tô habituada”, diz Natália. 
Os cursos universitários são outra vantagem. As universidades oferecem vagas para estudantes estrangeiros e cursos preparatórios de inglês, para aperfeiçoamento da língua. 
Léa Toledo faz mestrado em comunicação e conseguiu bolsa integral. Ela tem uma dica pra quem se interessa. 
“Galera, estudem, tenham uma boa nota no seu high school, no seu ensino médio, porque isso pode ser levado em conta na hora em que você vier pra cá, e conseguir uma bolsa, como é o meu caso”, diz Léa Toledo, estudante. 
E uma correção. Ontem nós dissemos que era preciso ter 9.600 libras na conta corrente de um banco britânico para conseguir o visto de estudante na Inglaterra. 
O correto são 800 libras para cada mês de permanência, e o dinheiro pode ser depositado numa conta em nome do estudante, aqui no Brasil.


Nenhum comentário:

Postar um comentário